Karina Buhr



Essa menina de olhos meio esverdeados canta uma doce música que “uma fúria odiosa já está na agulha” ou uma canção de ninar pras crianças de Bagdá que diz ”dorme logo antes que você morra, está chovendo fogo e as ruas estão queimando”. E ainda “A pessoa morre depois de tanto verbo.” Outra cantora fora do “gráfico fonográfico” e politizada, mas que encanta com suas canções furiosas e odiosas na agulha.

"Única! Uma batida “direta, pro fundo”. Aquela que não deixa dúvida. Karina não é cantora, ela “mentiu pra você”, ela mentiu pra mim! O que ela faz é uma música inquieta e fugaz, que nos faz “pular contra vontade do chão”. Uma artista completa que se mete com muita propriedade nas artes. Astuta, logo se esquivou de tudo que ouvia por aí e acertou em cheio. “Boiar no mar é de graça”, e foi assim que veio o seu primeiro trabalho autoral. Sua música cheia de sotaque, íra e “desapropriada” caiu na graça dos críticos entediados. Já ouvi: Ó a louca cantando “Eu preciso entrar no gráfico, no mercado fonográfico”, “minha fúria, odiosa já está na agulha”, ela é o Fiuk do mal, e todos embasbacados!
Karina Buhr, “seu suor vira sofá, cadeira, mesa de centro ou não vira nada, vale nada, vira vento”. “Tanto faz se bom ou é ruim” todo mundo que ouve se envolve, que vê se entusiasma e que conhece se apaixona. É o “gosto que dói na boca”, “solo de água fervente”!"


POSTED BY Marcinha
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